Se você foi adolescente assim como eu no final dos anos
1990 e início dos anos 2000 com certeza assistiu na sessão da tarde ou na
temperatura máxima os filmes da franquia máquina mortífera. Os quatro longas da
série foram exibidos milhares de vezes nas tardes da Globo e ainda podem ser
vistos a exaustão nos canais de TV paga. Sendo até hoje bastante cultuados
pelos fãs. E nessa onda de remakes e falta de criatividade que vive a TV aberta
americana surgiu à ideia de ressuscitar a franquia clássica de filmes, e para a
nossa sorte os envolvidos decidiram caprichar e a série ficou bem boa.
A história acompanha os policiais Martin Riggs e Roger
Murtaugh em suas missões policiais por Los Angeles. Unidos pelo dever, os dois
não poderiam ser mais diferentes. Riggs perdeu a mulher grávida em um acidente
de trânsito. Desde então, não vê motivos para viver. Por causa disso, é
bastante impulsivo e não pensa duas vezes em se colocar na linha de fogo e
colocar a própria vida em risco. Já Murtaugh é o oposto sempre mais prudente
após sofrer um infarto e adepto das técnicas policiais corretas. Casado e com
três filhos, com um bebê recém-nascido, o tira mais velho tem uma família a
quem voltar.
Máquina Mortífera tem tudo o que os fãs da franquia
gostavam de ver nos filmes. Diálogos afiados tem fugitivo da polícia dirigindo
loucamente no meio do trânsito intenso, tem perseguições e as maiores loucuras
possíveis cometidas por Riggs como saltar de um prédio para o outro para salvar
uma vítima de um atirador.
Assim como nos filmes um dos pontos altos da série é sua
dupla protagonista. Desta vez, não há Mel Gibson e nem Danny Glover, mas sim
Clayne Crawford e Damon Wayans (o eterno Michael Kyle da série "Eu A
Patroa e as Crianças"). A dupla reprisa a mesma dicotomia dos personagens
do cinema garantindo momentos divertidíssimos que ajudam a balancear toda a ação
que a série propõe.
O elenco ainda conta com Jordana Brewster interpretando
Maureen Cahill a psicóloga da delegacia encarregada de ajudar Riggs a superar
seu trauma e ser menos impulsivo. A atriz Keesha Sharp no papel de Trish,
mulher de Murtaugh e o capitão Brooks Avery vivido pelo ator Kevin Rahm.
O primeiro episódio da série é uma releitura do primeiro
filme de Máquina Mortífera. É também um bom começo para as aventuras dos
policiais, pois estas poderão ser apreciadas tanto por quem já viu todos os filmes,
por quem viu um ou dois, quanto por quem não viu nenhum.
E se você é fã, vai conseguir entender as várias
referencias que são deixadas ao longo dos episódios pelos roteiristas. Já no
primeiro capítulo, Riggs e Murtaugh brincam com a clássica frase dita por Danny
Glover nos filmes: “Estou muito velho para essa merda.”.
Até agora foram exibidos três episódios da série na TV
americana e eu amei todos. E se você curtia os filmes assim como eu então
também vai gostar bastante da série.
ONDE: WARNER CHANNEL
QUANDO: TERÇAS, 22h30
escrito por LEVI PEREIRA
Comentários
Postar um comentário