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Está na hora de você começar a escutar o rap de Rico Dalasam


Rico Dalasam: guarde esse nome! Jefferson Ricardo Silva seu nome de batismo faz parte de inúmeros grupos oprimidos: é negro, pobre, gay. Caçula de cinco irmãos criados pela mãe, Rico estudou em colégios particulares graças à bolsas e neles sentiu na pele o racismo, se tornou cabeleireiro, profissão que exercia desde os 13 anos, descobriu nas batalhas de rap que acontecem em São Paulo seu talento na rima.

Já no rap, ele destrincha com perfeição o terreno machista, homofóbico e heteronormativo. Não escondendo sua sexualidade de ninguém, enfrentou e ainda enfrenta preconceito - por vezes velado - dentro do hip-hop. "O rap e a igreja são parecidos. Eles sabem (da sua sexualidade), mas não comentam", revelou ao Portal UOL em entrevista ano passado.


Seu EP de estreia, “Modo Diverso” foi lançado em 2015, é dele um de seus maiores sucessos até agora, a faixa “Aceite-C”, com samples de "O Mais Belo dos Belos” de Daniela Mercury passou um bom tempo tomando conta da programação da MTV, mas sua tracklist ainda tem a eletrônica “NãoPosso Esperar”, a romântica e guiada por um urban à la AlunaGeorge, “Deixa”, a debochada e M.I.A.-esca “Riquíssima”, dancehall com “Deise” e a autorreflexão de “Reflex” que, tratando sobre a autoaceitação, discriminação racial, entre outras coisas, facilmente caberia em um trabalho do hypado Kendrick Lamar.


Agora finalmente Dalasam está lançando o seu disco de estreia! Intitulado Orgunga com o single "Esse Close Eu Dei", seguindo a mesma linha do seu primeiro material, levantando sua bandeira em prol dos movimentos gay e negro, a faixa fala sobre aonde o cara já chegou com a sua música, usando a gíria “close” no sentido de ter roubado a atenção. “Vem e aceita que onde ninguém foi, eu vou tá. Vê bem e vem, que, pra variar, esse close eu dei”, canta em seu refrão. SENTE ESSE CALAFRIO BEE:

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