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Conheça ‘Massive Madness’ jogo brasileiro ambientado nos anos 80 e protagonizado por personagens transgênero


Me diz uma coisa você sabe o que um Esqueleto e duas mulheres transgênero têm em comum? A pergunta pode parecer aleatória, mas no colorido e sintetizado universo de Massive Madness, ela não só tem resposta (um salão de beleza) como também faz muito sentido.

Desenvolvido pelo casal Dinart Filho e Rafaella Ryon, o game, oferece um respiro em uma indústria que carece de diversidade, enquanto lança mão de hilárias referências aos filmes de ação dos anos 80 e toma emprestada referencias de clássicos jogos de plataforma, como o memorável Legend of Zelda do NES, entre outros.

Em Massive Madness o jogador assume o papel de Tess, Paris e Calavera, que recebem, no tal salão do qual são donas, uma cobiçada cadeira de cabeleireiro com 1001 utilidades, fora de série e praticamente impossível de ser reposta. Sabotado, o tal TRONO CAPILAR explode, e tem suas peças espalhadas por uma série de cenários que compõem a cidade do game e são formados aleatoriamente — o que confere aquele FRESCOR a cada vez que você curte uma partida.

Curiosamente cada peça da tal cadeira confere a seu detentor PODERES SOBRENATURAIS, que acabam claro, na mão dos vilões da trama, os populares CHEFÕES. Logo que descobrem quem sabotou seu amado móvel multiuso, Tess, Paris e Calavera partem em busca das peças, acompanhadas de perto pelas câmeras do reality show The Revenge Show. Tudo isso embalado naquela deliciosa vibe neon-sintética-brilhante, vitoriosamente sem limites, dos anos 80. Olha só o trailer:


“Os personagens nasceram pra um projeto de webcomic focados na visibilidade trans. Rafaella sempre desenhou personagens andróginos ao mesmo tempo que gosta muito de cinema brucutu dos anos 80″, contam os desenvolvedores, em uma entrevista ao site’ JUDÃO’.

O visual dos personagens é outra característica a parte, enquanto o visual de Tess — diva, loira, musculosa e trabalhada no batom e laquê — tem Kurt Russel claramente como referencia. Já Paris — uma bigoduda gostosona com pinta de femme fatale — surgiu da “mistura bem consciente daquele cara que faz as armas de James Bond, Coronel Trautman de Rambo, com feições de Magnum P.I e um belo corpo feminino moreno”, a criação de Calavera vem de algo muito mais simples e direto — e carrega, não por acaso, a principal mensagem do game. “A caveira surgiu justamente de tanto as pessoas perguntarem sobre o gênero de nascimento dos personagens, e ninguém se pergunta isso de uma caveira. Porque, no caso, o gênero de nascimento de nenhum dos três deveria importar”.

De forma simples, lúdica e pra lá de engraçada — com armas em formato de golfinhos, veículos que vão de robôs-gatos gigantes a caras bombadões de roupa de ginástica e otras cositas más — Massive Madness, um pequeno jogo independente, dá uma lição que muito AAA multimilionário parece não conseguir entender. E, numa indústria na qual o progresso não costuma vir barato, não tem nenhum medo em ousar.

Bancando o game do próprio bolso e trabalhando no projeto há pouco mais de sete meses, Dinart e Rafaella têm buscado aumentar cada vez mais seu alcance. Depois de receberem o sinal verde do Steam, e de exporem Massive Madness pra diversas empresas e estúdios no BIG Festival 2015, eles seguem refinando o jogo e aguardando contatos que definirão suas futuras plataformas.

Com muito neon, synthpop, laquê, batom, caveiras e um simples, mas profundo recado para o mundo dos JOGUINHOS, Massive Madness tem previsão de lançamento pro primeiro semestre de 2016, e nós aqui do blog já estamos doidos pra jogar.

Escrito por REDAÇÃO 
Com informações do site JUDÃO

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